Assédio Sexual: quebrar invisibilidades. Construir uma cultura de prevenção e intervenção. |
Resumo
A falta de visibilidade do assédio sexual como uma violência, sobretudo contra as mulheres, a falta de respostas adequadas às vítimas e as representações sociais despenalizadoras deste fenómeno motivaram a UMAR a promover este projecto que pretende agir tendo em consideração as recomendações saídas da Rota dos Feminismos contra o Assédio Sexual (2011), nomeadamente contribuir para elencar políticas sociais de apoio a vítimas, incentivar a investigação sobre o problema, propor iniciativas legislativas e agir na prevenção e intervenção primárias. Desta forma, pretende-se trabalhar em rede com a CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego), sindicatos, departamentos de recursos humanos de empresas, escolas profissionais e autarquias, no sentido de melhor caracterizar o assédio sexual, em especial nos locais de trabalho, e sensibilizar para a intervenção, contribuindo para a alteração de mentalidades ao integrar a igualdade de género nas práticas quotidianas e nas relações profissionais; promover o atendimento e acompanhamento a situações e vítimas de assédio sexual, sensibilizar a sociedade para a construção de uma cultura de prevenção e de intervenção em relação a este fenómeno. Pretende-se ainda contribuir para que se inicie um processo de alteração da legislação, permitindo a tipificação do assédio sexual como crime no código penal e a criação de mecanismos de apoio às vítimas. Objectivos 1. Quebrar o silenciamento das pessoas, em especial das mulheres, em relação a situações de assédio sexual. 2. Criar meios e técnicas para ouvir as denúncias e para agir no sentido de apoiar as/os trabalhadoras/es que pretendem actuar mas que têm receio de o fazer, procurando criar respostas de apoio jurídico e psicológico. 3. Sensibilizar os meios sindicais e empresariais e a sociedade em geral para esta problemática, contribuindo, deste modo, para o aumento da consciencialização sobre os direitos humanos. 4. Recolher e publicar histórias de assédio sexual que permitam desocultar o fenómeno e avaliar as consequências nos quotidianos das pessoas que sofrem este tipo de violência. 5. Construir uma cultura de prevenção e de intervenção nas situações de assédio sexual. 6. Conhecer a complexidade do problema através de uma visão multidisciplinar e multidimensional, perspectivando uma relação entre a intervenção e a investigação. 7. Contribuir para a alteração de mentalidades, integrando a dimensão da Igualdade de Género nas práticas quotidianas e nas relações profissionais. 8. Contribuir para se iniciar um processo de alteração da legislação que permita a tipificação do assédio sexual como crime no código penal e mecanismos de apoio às vítimas. Estratégias Neste projecto, promovido pela UMAR entre 31 de Dezembro de 2012 e 30 de Junho de 2014, pretende-se:
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